quinta-feira, 28 de maio de 2009

Cloudy May Morning


Seis da manhã, frio, e a campainha do despertador soando... começava mais um dia, mas uma quinta feira. Minha cabeça estava vazia ainda, acabava de acordar, mas minha consciencia tentava me avisar algo. Saí da minha cama e fui trocar de roupa. Minha visão, até então um tanto embaçada e não-clara, avistou um singelo e pequeno coração desenhado num pedaço recortado de folha escolar branca, colado com durex na grande tábua de madeira que é a porta de meu armário. Um piscar de olhos, e lembrei que era a data do aniversário de alguém especial pra mim.
Antes mesmo de ter tempo de ter uma boa memória e dar um sorriso, meu coração disparou, e caiu sobre mim, novamente, um sentimento horrível, de indiferença, desprezo, como se eu já não fizesse mais parte daquela história...
O frio piso gelava minhas pernas, de baixo para cima, mas eu não ligava... continuava a olhar, inocentemente, aquele pedaço de papel, pensando em uma solução, uma atitude desesperada, qualquer coisa que me fizesse sorrir de novo.
Minhas pupilas dilatadas e meu cérebro pensativo foram interrompidos, pela voz fina de minha irmã , dizendo para me apressar. Eram seis e dezoito. Hora de tomar café e encarar mais um dia. Olhei pra trás mais uma vez antes de abandonar meu quarto, e me vi num misto de dúvida e esperança.
Me pergunto todo dia... a história acabou... ou só começou?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Lembrança de um sonho muito antigo

Provável 2006, fim de tarde na casa de um primo, saco cheio de jogar videogame, desliguei fiquei olhando o céu escurecendo pela janela, deitado na minha cama. Tinha algo que não saia da minha cabeça, não sei o que, era como se eu tivesse deixado algo pra trás, ou perdendo meu tempo enquanto devia estar fazendo outra coisa.
Me vi de repente num vazio e cinza imenso, melancólico, e eu não estava sozinho. Estava sentado e havia alguém do meu lado, alguém acomodado e meus braços, e eu não conseguia olhar. O tão intenso e puro cinza ganhou uma parte de outra cor, suave... O tempo parecia não passar, tudo estava estático, e, por estranho que fosse aquilo, eu estava me sentindo muito bem, aquilo pra mim tava perfeito, meu coração batia forte.
No que fui fechar os olhos, percebi que estava sendo sugado pra realidade de novo... não queria isso, não queria deixar ali, e voltar pra corrida e estressante realidade . No que fui olhar pra trás, desesperado, me vi novamente deitado na cama, com cara de bunda. Estava relaxado e tranquilo. Minha mente, vaga. Levantei e fui tomar um café...
Desde aquele dia, de vez em quando, lembro disso, e não sei como ainda não esqueci daquela doce sensação... e nem quero esquecer.


(daí, as cores do blog =)